quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

fernanda diz:
tu no prestas
asuhuahs
isis diz:
disso eu ja sabia
HUAUAUHAHUUHAUHUAHAHHUAUHHUA





e eu sei mesmo ..

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sente-se ao meu lado, diga-me o que sentes, ou melhor esquece.. Some daqui, não aguento mais nenhuma de suas lamúrias..
Ela dizia enquanto pegava as suas roupas jogadas no piso de taco da casa, pulou da cama bagunçada como um gato que prepara seu bote, e sua presa é a porta. Ela está fugindo, achou que poderia aguentar ais um dia, mas nem um segundo foi possível, quer sair, levantar e ir pra onde quer que seja.. sendo que este ligar se chame desconhecido..
A novidade bate na janela, e ele permanecerá deitado, não se arrependerá do que não fez até que acorde os olhos do boneco.. Segue e frente meu amor, e supere..

Se quer saber o que penso entre na minha mente, você não irá advinhar até que eu queira lhe contar, enquanto você acha que está tudo bem, no controle da situação eu já estou maquinando a minha próxima aventura.. As coisas são efêmeras meu bem, enquanto me agradam eu estarei ao seu lado, mas quando a música não estiver mais ao meu gosto desaparecerei de sua vida como um fantasma, você só verá a minha sombra. Quem sabe não faz amizade..
Eu digo espere por mim, quando sei que nunca mais voltarei. Com intensidade vivi e vivo, sou feliz, choro e sofro, tudo sempre muda, ontem chorei com a lembrança, hoje eu rio com a idéia do que pode vir.. Sempre em movimento.
Sentada na praia com o seu violao ela entoava uma música desconhecida, havia acabo de cria-la, nao pode nem se dizer que a havia composto, ainda era um bebe engatinhando.. Mas ela colocava toda sua voz naquele som como se representasse todos os seus sonhos mais profundos, e era verdade..
Os fios curtos e negros do seu cabelo estavam dançando ao som dos uivos dos ventos, os dedos delicados de unhas vermelhas cereja dedilhavam com força o velho violão... e foi neste momento que ele a viu.. com suas calças pretas e botas com esporas, parecia mais o dono do rodeio.. ela o viu, admirou a atitude do seu andar, mas isso nao a faria parar.. nao agora.
Por muito tempo o vi como uma frustração.. agora sinto a brisa do futuro e da esperança mexendo meus cabelos, como e bom se sentir livre.
As vezes a melhror opção é o sofrimento e sentir todas as suas células e átomos que o compõe quererem derreter, sumir... e saber que mesmo assim ainda se sentiria daquele jeito. Mas sabe de uma coisa, as coisas sempre passam, a vida não é estática e as coisas mudam. O que pode estar te matando agora pode ser um verme amanha. Quem sabe? Somente o futuro dirá..
Me sinto apta a novas experiências, conhecer novas pessoas e coisas, nao serei eu a ficar parada numa ruptura do tempo. As vezes o melhor mesmo é ser a metamorfose ambulante, as vzes nao, sempre..
A mudança é sempre encarada com desconfiança e desdém mas no final sempre concordamos de que ela veio para o melhor de alguma forma.
Se esse ano que passou foi difícil em vários aspéctos o próximo pode ser muito melhor, e será.. As coisas devem andar pra frente sempre, e eu vou segui-las com a minha cabeça levantada.. Sacudi a poeira do passado, posso ainda sofrer pelo que passou, mas nao voltarei atras e uma hora nem pensarei nos bad times.. agora é PARA O ALTO E AVANTE.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Imagens abstratas de nós dois..

Deitada na cama, olho pro teto, não sei se é isso aqui, mas estou afundando, sufocada, preciso dizer o que rasga as minhas fibras. O interno é mais sólido que este mundo irreal, as vezes parece que a verdade conspira contra mim.
Como pude ter sido tão inocente em acreditar que casa suspiro seu, cada toque, cada palavra que saía de seus láios enquanto fumava. Toda essa fumaça agora me embriagando e envolvendo. Está mais claro que nunca que foi um erro, fazendo-me em tantas partes. Eu quero ir embora daqui, mas não consigo me levantar. Sou um produto de sua mente minusciosa ou você é apenas criação de minha insanidade? Eu não sei. Pela manhã te vejo na rua como um estranho, como pôde ter projetado em mim tantas expectativas e todas elas terem se esvairido tão súbitamente. Deslumbrado com a vida, me descarta de forma tão egoísta. Me fez de brinquedo num joguinho sujo no qual nada permanece igual mas tudo volta a ser como antes. Não é ingenuidade, mas quero acreditar que dentro de você há quem sempre imaginei. Que aquela pessoa existe e que aquele sentimento te habita, mesmo que latente. Talvez tenha sido pura inocência acreditar que algum dia realmente partilhamos alguma coisa.
Enquanto espera por desculpas desnecessárias eu perco o pouco que me resta de mim mesmo, não é exagero e eu só preciso de você esta noite. Como no dia em que cantou pra mim sob a luz de seu abajur, o vinho derramado no chão, completamente desajeitado você se levantou. E eu te olhando sem sequer mexer um fio de meus cabelos.
Se há altos e baixos eu só me lembro do dia que você estava aqui, fora isso tudo é vago e distante, imagens abstratas de nós dois. Penso se foi tudo mentira quando me quis tão perto do seu corpo. Como se tornou um estranho de baixo dessas luzes? Monocromático contrastando com essa iluminação difusa e colorida, não enxergo maia nada. Como foi que cheguei neste ponto quando um dia você foi tão invisível para mim.
Enquanto você procura por culpados eu recolho os cacos ao seu redor. São olhos de vidro os seus para enxergar tudo tão grande? Se deslumbrando com estes novos flashes, novos ambientes te seduzem, eu sei. Não quero estar de baixo do seu braço, apenas pensei que seria seu apoio. Não dê as costas para o mundo que fiz apenas para você.
Talvez quem esteja caindo seja você, dentro deste turbilhão de sentimentos e antigos sonhos. Se perdendo de quem pensa que realmente é, mas como um quadro empoeirado uma frustração cortante despeja e ainda posso ouvi-la. Antigas fascinações que alimentam as nossas frustrações. Há tantas pessoas especiais e você foi como uma miragem, foi se aproximando que pude até sentir o seu calor. Mas parece que atravessei e não hánada além disso? Olhos fundos de um boneco sem emoção. Me manda pra fora de sua vida quando um dia o que mais quis foi fazer parte da minha. Realmente não havia ninguém ao meu lado, no meu medo você não estava presente, nas noites de insônia, nas ligações perdidas e nas mensagens nunca respondidas. Eu estava só.
Fruto de um erro sórdido ou mero capricho, era apenas criação de sua maquinação. Confiança traiçoeira que coloquei em você, uma doença silenciosa, dor agradável. Podia desconfiar do quanto clamava que eu me entregasse e confiasse em suas palavras, queria me protejer, agora onde estamos? Em lugar algum. Era pra ser uma armadilha com enfeites de natal. Como uma doença invisível agora você está de baixo da minha pele. Vou drenar você mesmo que perca partes de mim mesmo, mesmo que só restem cacos do que um dia eu fui, do que costumava ser nós dois. Mas você nunca saberá e permanecerá na sua mentira de que sou forte. Acho que desta vez eu derreti e quando nos vermos novamente nada restará do que foi um dia. Será que pensaremos em nós dois?
Acho que sempre fomos estranhos familiares. Você consegue ouvir minha voz distante num último suspiro antes de dormir chamando este sonho novamente para estarmos nele como se sempre fosse um início de estação? Sentindo minha pele colada a sua, quente demais como sempre reclamou, mas que sempre puxou para perto. Eu queria olhar para a porta e saver que você nunca mais voltará por ela. Não me olhe como se conhecesse meus defeitos, você nunca me viu de verdade e eu não quero mais te ver, eu não quero mais você. Passado próximo, sonho distante, longe do meu toque e do meu carinho.
Meus beijos não serão mais seus. Você se entope de orgulho, se sonhos infundados e de uma vilgaridade óbvia que não imagino como fugiram dos meus olhos por tanto tempo. Como pude ser tão cega com isto que reluzia em letreiros brilhantes e gigantescos em frente aos meus olhos. Não era você e não retiro a minha culpa, eu acreditei em você e depositei expectativas. Me deixei levar por suas palavras efêmeras que já se fora junto com as folhas do outono.
Eu precisava de alguém e surgiu voce, suas palavras desequilibradas são frutos claros de sua imaturidade, dos seus devaneios e delírios. Por que me trouxe pra dentro do seu tornado? Não quero ouvir mais nem uma palavra, você devia ser proibido de entoar qualquer som, palavras mentirosas travestidas em doces lamúrias. Como ferrugem de dentro pra fora suas palavras rasgam sua fantasia. Você esteve camuflado, agora vejo e continua sem me conhecer. Mas não te enxergo.


Este texto foi escrito por mim e pelo meu amigo Cássio Villani do blog www.cerejaparanoica.blogspot.com, foram frases e paragrafos escritos simultaneamente por nós dois que depois foram aglutinados.. foi um momento muito legal, por isso acho super válido o registro e també pq achei o resultado muito bom!



domingo, 20 de dezembro de 2009

Mas que ventilador barulhento.. nunca havia notado, mas hoje parece que está dentro do eu tímpano. Sem nem ao menos perceber estava falando de você, ou melhor ecrevendo sobre você o que me incomodou, pois minhas palavras nunca me soaram tão falsas, palavras que ordenavam sair a dois dias atras mas que agora sucumbiram a um sentimento que me parece inexistente, passou rápido, mas talvez isto tenha sido fruto de um mês de preparação para este momento.
Não sou idiota, consigo sentir o cheiro de algo errado muito tempo antes de acontecer e desta vez não seria diferente. Não sei o que será do futuro, mas não sinto como se tivesse completamente terminado. Não sei o que isso quer dizer e também acho que pouco me interessa, não perderei mais nem um segundo de minha existência pensando sobre isso.. Como diria uma amiga, não queimarei nem ao menos mais um neurônio neste assunto.
Agora voltarei ao outro texto que será postado mais tarde.

sábado, 28 de novembro de 2009

Como ouvir e escrever ao mesmo tempo, eu normalmente consigo, mas hoje está difícil... Enfim, começar textos de formas aleatórias é a minha maior qualidade.
Engraçado como as coisas acontecem, muitas vezes o que achamos que podia realmente ser melhor pra gente simplesmente não é, e nos relacionamentos mais simples que se encontram uma coisa que pareça com a paz, mesmo que uma tentativa de autosabotagem já seja de praxe. Mesmo com qualquer tipo de adversidade eu me sinto bem, confiante e feliz. Segura não só de mim, mas também do que a gente tem, que hoje eu percebi que não é um status que mantém uma conexão entre pessoas, pelo contrário as vezes isso só afasta. Eu tinha medo de que somente um nome nos ligasse, mas vi na verdade não, o que temos deve ser mais profundo.
Tá ok, to me sentindo meio idiota agora, isso me soa muito como cliche, mas enfim, é assim que me sinto. Talvez os clichês me sirvam bem no final das contas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

quero pegar um onibus, ir sem rumo, deixar ele ir e o vento bater nos meus cabelos.. não to com vontade de falar e muito menos de ouvir, talvez eu deva colocar uma daquelas músicas que mais parecem soundtracks da cidade, e ir..
eu só quero ir, depois eu vou voltar.. é claro que sim, se não voltasse iria pra onde? bobinho..
eu tive uma idéia muito boa, mas eu acho que não ficar tão legal eu falando quanto a imagem na minha cabeça.. mas acho que deveríamos fazer mesmo assim, não vai doer tentar isso né..

domingo, 18 de outubro de 2009

Aí, eu não vou conseguir, não mesmo.. acho que vou forçar a barra se tentar fazer desse jeito.
Vou ter que falar sério, isso não dá pra mim, fico completamente constrangida.
Talvez eu simplesmente seja esquisita demais para encontros. Isso não me faz bem, me dá.. uma agonia no peito, um nervoso sem fim..
É, isso é de-fi-ni-ti-va-men-te demais pra mim! Era pra eu ficar bem com essas situações, não entendo por que no final das contas eu me sinto tão pressionada.
Enfim, não consigo nem pensar, não quero magoar ninguem, nem dar falsas esperanças, mas isso é simplesmente demais mais pra mim..

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Caminhando pelas ruas, onde estão os passarinhos, onde está a cor, quando tudo ficou tão cinza e tão claro, o verde das árvores me parece desbotado como uma manta velha de dormir. O azul do céu parece ter se transformado num grande borrao branco enquanto o mar numa grande bacia de poluição.
A vida costumava ser mais bonita, cheia de vida e vontade de viver, mas quando a rotina o devora, afogando-do numa constancia sem previsao de final, as coisas devem ir se desbotando mesmo.
O mesmo ônibus, o mesmo caminho, o local, a mesma casa e sempre só.
Talvez seja um pré-requisito estar sozinha, mais fácil de uma rotina dominadora o levar com ela, fazer dançar essa dança com botas escaldantes de ferro, grande tortura isso sim.
Torturada pela rotina que ela mesma escolheu, dominada pela vida em que optou levar, isso me parece um tanto irônico.
Não me arrependo mesmo assim, teria sido muito pior se tivesse ficado, se não tivesse partido. Sempre tive uma coisa na minha cabeça, quanto mais tempo se fica, mais difícil fica de sair.
Tudo na vida tem suas fases, melhores e piores, e tendemos sempre culpar o que está em nossa volta e nunca a nós mesmos, enfim, eu neste momento estou culpando a minha rotina, ao invés de admitir que o problema é comigo, que na verdade eu posso até gostar desta rotina, mas que alguma coisa em mim está apagando a beleza que a vida sempre teve, carência talvez, saudade, provável, covardia, també.
Vejo você de longe e penso, por que não vem aqui e segura minha mão. As coisas não tem que terminar assim, elas nem começaram na verdade, podíamos fugir daqui, para um lugar onde não houvessem cobranças nem normas que nos prendem em nós mesmos, normas que ninguém consegue seguir, um lugar onde não fôssemos tão contidos, com medo de seguir nossos instintos.
Então eu sento, preciso me acalmar, respirar, estou me sentindo muito claustrofóbica, as folhas vão caindo tão lentamente que conseguem prender minha atenção por apenas um segundo, um segundo em que toda a minha pareceu estar em camera lenta.
Ao fundo estava você, me olhando, parado, como sempre, isso já tá me tirando do sério, essa falta de certeza. Na vida não parecem existir as viradas extraordinárias dos filmes e dos livros, na vida cotidiana todos temos muito medo de adimitir, medo do não, medo do outro.
Não sei o que aconteceu com todos nós, dizer que sim, não é mais um ato de nobreza e sim de fraqueza, como pode a covardia ter se transformado em ato de coragem? Por que as coisas estão tão invertidas? Como fazer pra lidar com isso, como agir, já que ninguém parece querer se arriscar e sair da sua área de segurança, esta que requer 50 metros um do outro, quando sabemos que a vontade maior é destruir essa distância toda e nos encararmos a menos de 2 cm. Saber a textura da pele, o cheiro, a voz...
Mas isso parece que será impossível enquanto o medo dominar, o medo de não ser aquilo que imaginamos...
faz tanto tempo que te vejo.. será que ainda me quer?
Sentada em minha cadeira, com uma caneca de sopa bem quente a minha mão, conjecturo, porque essa vida me aparenta tão parada, como se todo o tédio do mundo tivesse se adentrado de fininho pela porta da frente. Por que nao vem se sentar comigo então?
Já que está aqui, fazendo assim, fique do meu lado. E a chuva continua a maltratar a minha janela. Tudo sempre permanece igual, em meus pensamentos uma vida, aquela que quero pra mim. Mas parece que esta nunca sai desse estágio mental, teimosa, cisma em viver em sonhos, num plano que nunca será palpável para mim.
Fico rezando para esses sonhos se materializarem, e me levarem daqui, deixando para traz todo o tédio e a solidão daquela sala. Quem sabe um tufão me levasse, fazendo toda essa bagunça se ajeitar.
Quem gosta da calmaria?
Aquele que abaixa a cabeça e fecha o peito para o que há de vir, medo do novo, medo de perder o que já tem, sem saber o que há por vir, pois bem, esse não sou eu, eu quero o novo, o que há por vir, abro o meu peito para o futuro e saúdo as boas novas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Eu acho que me darei muito bem como atriz, sei esconder e fingir emoções de forma fenomenal, as vezes acho que escondo o que sinto de mim mesma, a única coisa que eu sei que eu sinto, é que estou à beira de um colapso.
Me quebraram em vários pedaços, espalharam pela cidade e eu não consigo me recuperar durante a minha caminhada, vivo numa incessante procura pelos pedaços que estão me faltando, mas sinto como se não fosse mais encontrá-los.
Uma vez escrevi algo sobre ser sugada por uma areia movediça, era apenas um texto, algo que inventei, mas agora eu vivo o que eu escrevi, eu realmente estou afundando, não somente no meu interior, mas em fatos.
Na minha história alguem ia me salvar, mas primeiro que na vida os fatos se dão de forma diferente do que na ficção, na vida nós temos que passar pelas coisas sozinhos, e disso eu sei muito bem, eu aprendi muito cedo que só podemos contar com nós mesmos, e segundo, por que eu incluíria alguém na minha bagunça, além dela já estar completamente focked up, pra que eu vo fuder com a vida de outra pessoa metendo ela nos meus problemas.
E não sei se depois de tudo que eu passei na minha se eu conseguiria ser mais do que superficial com alguem, eu aprendi a ser sozinha, a lidar sozinha com os meus sentimentos e meus problemas, mesmo sabendo manter as pessoas, mas mesmo assim, não sei se conseguiria abrir a caixa dos meus verdadeiros sentimentos para alguem, aprendi a fingir e fiquei realmente boa nisso.
Nunca me senti tão sozinha, a impossibilidade de conversar com quem eu mais gostaria, e claro, quem eu mais preciso, não só nesse momento como sempre.
Nunca me senti tão triste quanto naquele dia, mentira, já sim, mas com certeza aquele foi o segundo pior dia de toda minha vida, do começo ao fim, devia ser algum tipo de previsão, porque nada deu certo, e no final das contas tudo o que eu queria era conversar, desabafar talvez, eu não consigo me sentir culpada, talvez deveria, mas não entra na minha cabeça como e porque não posso mais contar com você e que você que precisa contar comigo.
Você está afundando diante de meus olhos, e é desesperador não conseguir fazer nada pra te resgatar, talvez devêssemos nos resgatar, por que eu já estou desgastada, há muito tempo nessa luta, há muito tempo que não consigo te enxergar dentro de você mesma, as vezes me pergunto por onde você anda, por onde eu ando? Enquanto você afunda pequenas partes minhas são esmagadas, se você afunda eu afundo, se você fica bem eu fico bem.
Mas eu to muito cansada, 4 anos é demais, eu me pergunto se um dia as coisas vão poder voltar a ser como antes, eu sinto como se parte da minha vida tivesse sido roubada, já perdi uma vez, não posso perder de novo, eu não posso deixar isso acontecer de novo.
Gostaria de ter tido uma adolescência normal, eu invejo os meus irmãos por isso, eles tiveram o que eu mais desejei, eles tiveram as pessoas mais importantes com eles, eu tive, mas perdi.
Uma faca de dois gumes, mas nessa nenhuma parte é boa, de qualquer forma perdemos, perdemos para morte e agora estamos perdendo para a depressão, eu espero por aquela luz no fim do túnel, mas ela cisma em se esconder.
Quero chorar, mas as lágrimas não descem, quero te ajudar, mas não sei como, será que nunca mais seremos uma família normal, será que nunca mais eu serei uma garota normal, com preocupações de uma garota da minha idade?
Eu só quero que tudo volte a ser como era, igual nunca mais será por que ele não está aqui, mas podíamos tentar a felicidade, porque faz tempo que só estamos lidando com a tristeza, e eu não aguento mais.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Lá estava eu, sentada no banquinho de sempre, ouvindo a minha banda favorita no meu ipod, eles são demais, mas eu estou um pouco melancolica, e parece que consegui encontrar as únicas e raras músicas que combinavam com o meu humor. Que ótimo agora que eu ia ficar bem melhor, baladas são as melhores coisas nessas horas né, como sou um clichê, tentei mudar para algo mais animado, e arctic monkeys tem as melhores músicas para se agitar na vida, mas não rolou, eu quero mesmo remoer a minha melancolia.
Ontem fiquei em casa pensando nele, querendo ter encontrado ele, querendo que ela não tivesse ficado doente e cancelado a única hora que posso ficar no mesmo ambiente em que ele está, mas enfim, fazer o que né.
Eu continuo a suspirar, não to no clima de fazer nada, até que o que eu esperava a tanto tempo aconteceu, ele caminhou através dos portões do jeitinho engraçado dele, estava me olhando, isso é de costume, a gnt sempre se olha, mas nada que desse a entender que ele faria mais do que aquilo, até que eu reparei que eu estava sozinha, o que não é normal, bem sempre tem gente à minha volta, mesmo que eu esteja imersa num mundinho completamente diferente e particular. Mas hoje não, eu to só, e ele viu, eu não sei se estou vendo coisas mas parece que ele tá sorrindo pra mim, será que tem alguém aqui e eu não vi, ele riu mais ainda da minha reação, é, isso é com comigo mesmo, sorri de volta e abaixei a cabeça, certamente eu to que nem um tomate. AI CABRUNCO, esse garoto quer me matar de uma vez só.
Ele ficou ali parado a minha frente até eu olhar, o que não demorou, to muito afoita, quero falar com ele a tanto tempo, mas parece que as palavras agora foram com a brisa que passou e balançou sutilmente meu cabelo, bgaunçando-o um pouquinho, o álibi perfeito. Suavemente ele ajeitou as mechas que saíram do lugar e se sentou do meu lado.
Ficamos ali nos encarando, sentados juntos, mas sem nada dizer, acho que palavras não eram mais tão relevantes.
Luto pra demonstrar aqui tudo que sou covarde demais para fazer na vida real, queria ter coragem de ir falar com você, sustentar o olhar quando você me olha profundamente, mas como disse recorro a este meio por que não consigo na vida real.
Você desde o início dessa minha nova vida esteve presente, foi o primeiro rosto que eu notei de verdade, àquele que sempre teve ternura no olhar ao me ver, que parecia feliz quando eu entrava na sala, ou fazia algum comentário idiota pra você, mas o tempo passou e por um tempo pareceu que você foi com ele, engano meu, aqui está você de novo, e novamente quero conversar, te conhecer, saber seu cheiro, onde você se esconde, o que gosta de fazer.
Será que sou idiota demais por ficar pensando essas coisas, será que se você soubesse faria alguma diferença, não sei, você continua a me olhar, mas talvez seja a minha vez de demonstrar que para você eu abro a minha guarda, e que não serei antipática ou grossa, o que é o normal, por que você não é normal e muito menos comum.
Não sei o que você pensa sobre mim, e se ao menos pensa em mim, e também não consigo entender o porque de sempre parecer idiota na sua frente, parece que o destino ou o universo, como quiser, não tá sendo muito legal comigo nessa minha luta, podia me ajudar a parecer bonita, inteligente ou interessante, mas enfim.
Eu to pensando em você agora e a única coisa que eu quero é que você esteja pensando em mim, falar de mim ia ser bem legal também, se eu for sua também fico muito feliz.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Será que existem pessoas de essência melhor que as outras?
Eu por exemplo não me enquadraria nesta categoria, fico em constante conflito com a minha personalidade, e creio que tenho a possibilidade de melhorar, e tentar ser uma pessoa melhor.
Eu quero isso, não gosto de todas essas conversas superficiais, e toda essa preocupação constante em que me encontro. Quero estar em plena paz comigo mesma, respirar e gostar daquilo me tornei. Sem deixar que me apaguem no meio do caminho.
Não acho que eu deva continuar desta forma, tão preocupada com o que as pessoas pensam, como elas se sentem, tentando incessantemente tentar fazer a todos felizes, ninguém se preocupa muito comigo, com o que eu quero.. e por que eu tenho que ficar triste com a idéia que possa magoar alguém. Tenho mais que urgentemente aprender a dizer "NÃO" sem culpa alguma na entonação da palavra.
Pra que as pessoas sentem tanta necessidade de estarem sempre tagarelando? Sempre procurando experiências similares, características parecidas para se relacionarem.. não que eu não faça, muitas das vezes me sinto no calor da situação e já foi. Mas isso não me agrada e muito menos me faz bem. Gosto do silêncio, gosto da minha privacidade e dos meus segredos. E quero que estes fiquem guardados numa gaveta minha, somente minha, apenas eu possuo a chave, e posso abrí-la ora quem apenas eu quiser. É isso que mais desejo, paz comigo, com o que eu gosto e o com o que eu faço.
É bom quando se tem certeza de como é e não vacila nas atitudes, sendo essas completamente fiéis à você mesmo, mas as vezes é um tanto difícil ser você mesmo completamente, quando as pessoas querem simplesmente padronizar tudo e a todos, fazendo de todos meras extenões de si mesmos, e parece que as pessoas aceitam isso sem questionar, se privam de serem verdadeiras e mudam partes importantes de si para serem aceitos. Será que essa tão desejada aceitação é tão impostante a ponto de atropelar a si próprio e se deixar morrer em troca.
Não sei quanto aos outros, mas não pra mim, me parece injusta a troca feita, quase como vender a sua alma. Preço alto por coisa tão passageira, nós tão apegados a nossa humanidade, nas nossas regras, nos esquecemos de nós mesmos, para sermos extensões de um outro. Simplesmente não compreendo.
Eu fico pesando sobre duas de muitas possibilidades de se viver quando encarnamos em nossos corpos, que vagam por esta terra, posso ter certeza de que tenha pedido "Com emoção" quando saí do trem da eternidade para este lugar onde o material nao tem tanta importancia, onde o que queremos, nem todos nós na verdade, mas EU quero, é experimentar todas as possibilidades e sentimentos, viver tudo que eu possa, até não ter mais o que tentar, posso tentar e dar de cara com a parede ou tantar cavar um buraco nela, mas pelo menos vou ter vivido da melhor forma que pude.
Tentar, tentar e continuar tentando, permanecer na luta, isso é o que eu quero, posso ter medo, na verdade este é mais que constante, viver é medonho, se encontrar com o outro, com o desconhecido é intimidador, mas o bom da vida é isso mesmo, superar sentimentos que querem te arrastar para o buraco e te prenderem lá, não fazer da vida todo dia uma superação e ser subordinada às situações adversas que surgem à sua frente é fácil demais, coisa pra quem encolhe o peito pra viver, e abre mão das possibilidades que vão vir de encontro à você ao lutar..
A vida não gosta de competidores fracos e sempre recompensa os bravos lutadores que estão à sua altura o suficiente para superar todos os obstáculos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ele usava óculos de grau que mais se pareciam com os que meu avô usaria, pele alva como a neve e olhos exaltados de curiosidade, seria muito esquisito se não fosse tão charmoso, e bonito, eu o achava bem atraente, e acho que sou a única, bom pra mim!
Parece que ele reparou que eu estava o encarando, devia estar olhando demais, ai que vergonha, provavelmente estou toda vermelha agora! Que ótimo! E isso, irritantemente parece estar sendo bem divertido pra ele, ficaria muito irritada com ele agora, por estar rindo, se não tivesse o olhar tão fofo e inocente. Tem os olhos como uma rajada de fogo pronta para derreter um iceberg, perfeita metáfora pra mim, como uma luva!
Putz, merda! Ele tá vindo, tenho tempo de correr ainda, aff, tem muita gente por aqui, demoraria uns 30 minutos no mínimo pra conseguir escapar e ficaria mais do que na cara que estava tentando fugir dele, pagando mico, meu hobbie preferido. Talvez seja melhor só enfrentar isso, é sempre complicado mas, eu aguento, quer dizer, eu acho.
Parou à minha frente ajeitou delicadamente os óculos e nada disse, antes não tinha como ver como ele tinha lindos cachinhos dourados, que ficam bem claros dessa distância que ele agora se encontra, eu claramente o analisava, e quando olhei bem para o seu rosto, parecia que ele estava fazendo o mesmo, parei, entao de analisá-lo fisicamente para prestar atenção em suas ações. Quando o fiz logo sorriu para mim, belos dentes por sinal, e eu estava paralizada, ridícula demais para fazer alguma coisa, forçei, então, um sorriso bem amarelo. Estava vermelha de vergonha, isso era um fato, parece que ele reparou, pois delicadamente acariciou minhas bochechas, franzindo o cenho, então sorri, espontâneamente dessa vez, ele fez o mesmo.
Passado o primeiro momento ele continuava em silêncio, também não me preocupei de falar alguma coisa, parecia que não havia necessidade de palavras, estas poderiam facilmente estragar este momento, com uma súbita corajem agarrei sua mão e o levei pra fora dali, então passeamos sem nada dizer pela cidade, as luzes ainda estavam bem acesas. "É uma cidade bem grande e está sempre da mesma forma, nunca é tão bonita, será que passarei muito dos limites se for ousado o bastante e dizer, você poderia ser minha? Por que talvez eu seja o pedinte e você a rainha, mesmo sendo um pequeno doador, também tenho o direito de sonhar e me perguntar, se você teve olhos para um cara tão esquisito quanto eu."
Ela nada disse apenas o beijou, um inocente beijo que valia mais do que mil palavras.



Ela não o achava estranho, nem um pouco na verdade, e se sentia bem à vontade ao seu lado. "A noite nunca esteve tão bela"

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Deitada em minha cama, fechando fortemente os meus olhos, me obrigando a dormir, mas como poderia? A mesma bateção da noite interior voltou incessante, bem, pelo menos veio separada de ocasionais gritos ou urros, como pode? Será que isso vai se repetir todas as noites?
E toda essa barulhada deixa-lhe ainda mais desperta.. Que merda! Infelizes, mas uma noite sem dormir! Você pensa sentando, passa a mão no rosto a fim de retirar certos fios incovenientes de seu cabelos que se espalharam pelo seu rosto enquanto se revirava na cama.
Quer saber, vou beber uma água, ir no banheiro... TUM TUM TUM.. aff, será que não se cansam? É aparentemente não, terá de conviver com a selvageria ou seguir o conselho dos amigos de reclamar, seria uma boa idéia se fosse não fosse tão covarde, o mais corajoso que consegue é perambular pela casa no meio da noite, mesmo ligando toda e qualquer luz que tenha no seu caminho, o que faz do seu ato muito menos corajoso.
Enquanto isso o caos está tomado, várias ligações à portaria, enfim alguém tomou a atitude que lhe faltou colhões para fazer.
Deve tomar as rédeas de sua vida, você pensa consigo mesma, seria um bom começo, mas mesmo assim a "rave" particular do andar de cima permanece incansávelmente, pelo menos para eles, porque eu já estou cansada há muito tempo de ouvi-los.
Tenho vontade de escrever mas não sei o que, sinto alguma coisa que nao consigo identificar, quero gritar, quero trazer essa casa a baixo, mas continuo sentada aqui, não me mexo mesmo que no meu interior pareça que estou tendo ataques epilépticos. Quero extravasar, mas como se faz isso?
Quero falar, falar sem parar, falar até doer o maxilar, escrever até os dedos ficarem tão duros doendo, quero rir até a minha barriga doer e ficar completamente sem ar, quero chorar ate inundar toda essa casa, eu quero, quero...
Por que as palavras certas não aparecem quando o que eu mais preciso é que todas elas explodam pelo teclado, nem que fosse uma psicografia, mas seria verdadeiro, seriam elas, aquelas que venho a tanto procurando, e sem nenhum resultado aqui continuo atrás do alívio ou do êxtase, tanto faz pra mim, quero que tudo isso que tá escondido à sete chaves jorre como uma tsunami e transborde, se for para o melhor.
Eu vivo à procura, tenho vontades do desconhecido, quero uma comida mas não sei qual é, quero uma música mas nenhuma me satisfaz, quero um filme mas acho que ele não existe, quero e continuo procurando por eles, isso é sem fim, no ônibus olhando sem direção pela janela procuro, caminhando eu olho à minha volta atras disso, DISSO, que desconheço mas que faz tanta falta, O QUE É VOCÊ? QUEM É VOCÊ?
Ou o que é isso, quem é você? Você aí que escreve, talvez essa seja uma pergunta essencial, sempre tão metida, arrogante, na posição de quem bem se conhece, mas conhece mesmo? Boa pergunta. Mas parece que você é uma visitante dentro de si mesma, bela visitante que não conhece os caminhos nem os fins e muito menos aonde deve chegar, aonde está indo, e se você não sabe, quem saberá? Você vive se perguntando quando virão te resgatar, e a minha resposta a isso é, tome postura na vida e saiba que somente você irá se resgatar e cabe a você se encontrar no meio desse emaranhado de perguntas, sentimentos, nesse emaranhado que é você.
O que mais me interessa é a capacidade que possui de simplesmente guardar as sensações pros momentos certos, acho completamente estranho como pode começar a pensar em todas essas questões que lhe perturbam, e que tiveram o dia todo aí, só que em modo latente, agora, e tudo aparentava ser uma pequena vontade de escrever, e você não sabia bem o que. Bem as coisas se desenrolaram de forma bem peculiar tomando-se em conta o início, afinal você tinha BASTANTE coisa que queria escrever, e me pareceu que o caminho desconhecido a elas aà princípio logo foi encontrado.
Eu sei como é as vezes se sentir como numa floresta escura sem saber por onde veio, como voltar, presa no breu das árvores e arbustos, os ventos balançando suas roupas, seus cabelos sacodindo violentamente, e você está paralizada no que parece o centro da mata, não há ar suficente, será que está afundando, areia movediça talvez, mas vcê nada faz, é incapaz, está cansada demais, talvez seja melhor deixar-se afundar, até que, nossa, que bela luz, que surgiu a uma grande distância de onde se encontra, aí percebe que está se deixando levar a morte, deve lutar, não deve se deixar afundar desta forma, você é uma mulhe forte afinal, pelo menos é o que sempre lhe disseram, mas é tão mais fácil deixar que a areia lhe enterre, deixar que esta arranhe suas pernas, seu tronco, NÃO! Deve lutar sim, mesmo que não se sinta forte, decididamente você não é forte, são apenas eles que acham, ficarão decepcionados com você agora ou depois, pois você sabe que pode ser um tanto covarde, mas mesmo assim, deve subir não se deixar levar pelo buraco que se abre bem debaixo de seus pés. Agarre em tudo que há na sua frente, raízes, troncos, ramos, pedras, o que for.. EI, isso não tava aqui, é.. é uma mão, agarre com toda a sua força, e num movimento súbito é cuspida pra fora do que lhe sugava, mas afinal quem lhe salvou, você olha pra frente atrás de seu salvador, e ele está indo embora. Como pode ir agora e me deixar aqui!? Não vá, você me salvou afinal! Não, não, não tem cabimento deixá-lo ir, de forma desastrada o persegue, mas ele continua se distanciando, você corre, ele anda e continua tão a frente, mas é completamente fora de cogitação deixá-lo ir.
Olhando mais atentamente percebe que onde se encontra já não lhe é estranho, parece que está em ca.. casa, ele lhe salvou duas vezes, como pode estar constantemente salvando-lhe mas não se aproxima, por quê? O que você deve ter feito para estar tão próximo, mas também tão distante? Ele parou! Vou até lá! E correndo você segue a reta, mas ele fez um sinal, como se fosse para eu.. parar, mas .. mas, por quê?
Entendi, você diz, abaixando a cabeça, você está certo, não vou apressar nada, se não devemos nos conhecer agora eu compreendo, e vou esperar por você, espero saber quando você chegar, sei que não está presente no sentido literal, em matéria, mas espero que saiba quem sou, eu espero saber quem você é, pode ser que esteja pedindo demais, mas me dê um sinal.. por favor. Então aquela lágrima que por tanto esteve presa percorre sua face, é melhor limpá-la logo antes que alguém veja que está chorando. De forma abrupta limpa o rosto e vira de costas, desejando que o dia que ele aparecerá de vez chegue logo, mais que logo.. descobriu que você sem mesmo conhecê-lo deve-lhe tanto e precisa tanto dele.
Imagens surgem na sua cabeça "Uma energia masculina está lhe protegendo, impedindo que o louco se aproxime de você e faça de você sua companheira na loucura", bem sempre se perguntou quem devia ser, seus irmãos, afinal são tantos, não, claro que não, esse louco não faz ideia da existência de irmãos verdadeiros e pustiços, seria a energia DAQUELE que já partiu mas continua presente no meu coração, você pensa que sim, talvez, ou com certeza, nunca lhe abandonaria, mas deve descansar, e creio que deve ter tido ajuda, do meu salvador.
Respirando fundo você continua a andar em frente e tenta se manter viva para que ele venha ao seu encontro, mas enquanto isso, segue a vida, de forma séria, traçando caminhos certeiros, criando verdadeiras estratégias, mas mesmo assim você espera, prometeu que o faria, e espera da mesma forma que ele cumpra sua promessa, dando-lhe o tão esperado sinal.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Venta forte lá fora, fico olhando atentamente as árvores dançarem nos braços invisíveis deste clima arrebatador. Por um momento desejo sê-las e me sentir dançar suavemente em meio a tal tormenta, as árvores devem lidar melhor com o caos, mesmo se trocássemos mesmo de lugar acho que ainda assim eu seria desastrosa. Prepararei um chocolate bem quente para combater o frio e chacoalhar para longe idéias pouco genias que gritam dentro da minha cabeça.
É como se eu estivesse solta no ar numa lambada louca no teto, mas na verdade os meus pés estão bem presos no chão, não consigo extravasar, todas as fibras musculares do meu corpo se sacodem incansávelmente, isso me incomoda muito, quero que passe.
Mas o que creio que seja o meu real problema é a vontade insana de viver coisas, grandes emoções, sinto que em todos esses anos na minha vida não conheci grandes sentimentos, preciso encará-los, preciso descobrir o que é o amar! As pessoas vão e vem, amam, desamam e ama de novo, e eu continuo a olhar e observar, feliz é claro, e desejando que a minha vez chegue, a minha vez de ser escolhida, de ser importante e especial para alguém. Quero saber como é a sensação de ser destacado da multidão com apenas um olhar, certeiro.
Como será se sentir no foco do olhar do desejado? Bem isso não posso responder, não tive experiências quanto a isso, posso explicitar melhor como é chato atrair justo aqueles que não lhe atraem, ou se sentir atraída pelos que nunca serão seu.
Será que sou uma mulher frustrada pelas coisas que não vivi, experiências que são jogadas e esfregadas sem dó na nossa face pela televisão e cinema? É triste pensar que nem o meu primeiro beijo foi com o menino que gostava, meus dois namorados eu também não tinha lá um grande amor por eles, eram grandes amigos. Estou cansada de viver as coisas na minha mente, quero algo de verdade, palpável e que seja completamente e loucamente sensível ao meu coração, que pra mim em certos momentos se aparenta de forma rochosa ou inexistente.
O silêncio foi facilmente alcançado por aqueles que necessitavam, acho que não seria difícil ao seu porta voz conseguir das criaturas suspirantes o que quisesse, não seria mesmo difícil. Mas o silêncio nem liga para o que é um pouco só barulhento, o que é um leve ruído, talvez um grande barulho fosse mais atraente, ou não.
Em meio ao caos da aparente má escolha talvez fique muito difícil de serem tomadas decisões inteligentes ou ao menos possíveis, é mais fácil se deixar tomar pelo sentimento que te domina ser irracional, mas é claro que neste tipo de situações a possibilidade do arrependimento é iminente, de uma forma ou de outra.
Não digo que toda a confusão mental tenha se dissipado, diminuido talvez, mas não completamente esquecida, está onde estava mas suportável. Fico pensando como fui volúvel nestes últimos dias, a quantidade de decisões que tomei, quanta coisa que mudei em minha mente, quantas faculdades ia cursar, enfim, várias decisões que foram esquecidas, superadas, e eu, bem eu voltei a estaca zero, e parece que isto está virando algum tipo de rotina de todo começo de período.
Hoje senti que as coisas podem não ser tão ruins como pareciam que iam ser, foi até bem legal, agradável, contando com o silenciador para fazer do dia ainda mais bonito é claro, o que faz a permanência parecer ainda mais tentadora, talvez agora eu tenha tomado a decisão definitiva, por enquanto é claro, continuo não sentindo tanta segurança nisso, mas mesmo assim, talvez deixar as coisas correrem seja agora a melhor coisa fazer e contar com o amadurecimento para trazer idéias novas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Os ventos estão uivantes lá fora, talvez seja uma indicação de que devo ler "O Morro dos Ventos Uivantes" ou talvez seja apenas ventos fortes mesmo, sem maiores significados. E muito menos signifique que o habito ainda mais que em niterói nem grandes morros deve se haver, a não ser pelos Morros do Estado e do Palácio, mas duvido muito que aconteçam grandes uivos por lá, tiroteios e bailes funks devem ser mais comuns.
Mas aqui em Icaraí, que é plano, nada de morro, entenda, os ventos SÃO bem uivantes. Pensei em vários trocadilhos, mas não vale a pena destruir mais esse post, que já nascerá deficiente quanto conteúdo, guardarei-os para mim, minhas piadinhas nunca me conseguiram grandes coisas mesmo.
ODEIO TÍTULOS! Na verdade isso é mentira, só que simplesmente aparento ser incapaz de entitular as coisas, inclusive foi árduo conseguir neste blog mesmo, deve ser algum tipo de restrição mental minha, mas apesar destas também tenho poderes!
Descobri ser a única que pode ver um ser pairante do IACS, grande poder, inútil como sempre, consequência da minha grande paixão por aventuras iniciada quando tinha 6 anos e decidi me jogar de corpo e alma dentro da praia de Icaraí. Antes tivesse saído com mais um olho e patas de ganso do que inabilidades e a possibilidade de ver um ser decadente que aparentemente ninguém consegue enxergar, deve ser horrível ser parcialmente invisível.
Os botões caem da mesa e se espalham pelo chão. Nossa quanta bagunça! Como se não bastassem todos esses livros espalhados pelos cantos da casa. Agora deverá catá-los todos, mas a preguiça de fazê-lo é tanta! Você reza por companhia, está só olhando para a tevê, acha que deve estar enlouquecendo, já que está na fase de responder e se relacionar com ela.
Se já não está louca deve ser questão de tempo só para que isto se consume. Ninguém a olha como se fosse normal mesmo, talvez devesse adotar os estilo lokinho de ser, é, talvez assim as pessoas passem a não reparar tanto em você e em seus atos, poderá viver realmente em sonhos ao invés de apenas lhe acusarem de fazê-lo.
Talvez a vida seja mais bonita quando passada num sonho, bonita e fácil, creio que fácil até demais. O bom da vida devem ser os obstáculos que nós enfrentamos, adoro superá-los, devo dizer que sou até bastante boa em reviravoltas extraordinárias.
Não sei por que me dizem que vivo em sonhos! Apenas porque quero pra mim o melhor? Mas eu luto por tudo que almejo! Como pode isso ser sonho? Deve ser algum tipo de escape pra não dizer o que realmente sentem, um medo mais profundo e real que este, isso diminui a minha frustração contra estas acusações, mas não as extingue.
O dia já clareou, será que está muito tarde? Minha noção de tempo nunca fora das melhores, mas aqui a nossa regra é nunca se preocupar com o tempo, não que eu siga ela, só que ele não sabe disso. Não quero acordar mas o sol está vindo diretamente de encontro com os meus olhos e eu quero olhá-lo como faço todas as vezes em que estamos juntos. Como pode ser tão lindo, amo analisar todos os detalhes de sua face perfeita, era dificil de se imginar mas ele consegue ser ainda mais belo à luz do sol, que cintila pelo seu cabelo dando-lhe tons que nunca imaginei que existiriam, é claro que só existem nele.
Levanto-me devagar, quero olhar pela janela pela qual toda essa luz entra, é interessante como o sol aqui não agride tanto a minha pele quanto costumava. Como é alto aqui! Logo me afasto segurando as cortinas, fiquei tonta, isto sempre acontece quando estou olhando para baixo de um lugar alto. Me apoiei na parede olhando para cima respirando devagar, assim passa mais rápido, acho que é melhor fechar as cortinas, assim ele também poderá dormir melhor.
Quando me virei para cama ele já estava acordado, apoiado em seu cotovelo, me fitando, com o olhar mais terno e puro que já vi alguém olhando para mim. Uma vez eu li alguém dizer que existem algumas garotas que nasceram para serem felizez, eu defitnitivamente devo ser uma dessas. Ele me estendeu sua mão me chamando para perto, sentei-me ao seu lado. Eu só o olhava, acho que não conseguiria fazer mais nada, mal estava respirando.
Já anoitecera na floresta, era hora em que as ninfas e os elfos saem de seus esconderijos para festejar! Um barulho estranho vinha de longe causando apreensão em todos os elementais. Sorrateiramente procuraram pelo barulho, mas garantindo sua discrição.
Uma jovem de cabelos cor de avelã se aproximava correndo, ela chorava compulsivamente, uma corrente de comoção percorreu por todas as criaturinhas que habitam na floresta, queriam poder ajudá-la, entender o que a aborrecia de forma tão arrebatadora.
Os mais corajosos se aproximaram sem denunciar as suas posições, tinham muito medo do que os humanos poderiam lhe fazer, eles eram perigosos demais, viam o que estavam fazendo com as florestas e rios, estavam destruindo-os sem nenhum sinal de arrependimento. Mas mesmo assim não podiam negar que esta linda jovem, nos seus 15 anos, estava precisando de algum apoio, e logo a ouviram dizer:
_ Como pôde fazer isto comigo papai! Como o senhor pôde. _ Eles acharam um pouco de graça afinal ela estava falando sozinha, devia ser um pouco louca. Mas ela continuava a chorar e isto lhes cortava o coração. O que podia fazê-la tão triste.
Quando todos olharam para o lado viram que Lull estava indo ao encontro da pobre garota! Todos se espantaram com medo do que aquilo podia trazer-lhes como consequência. Mas ela não parecia se importar continuava rumando a ela. Podia se ouvir a todos exclamando:
_Oh não! O que faremos agora!?
Até que Mab, a rainha de todas as fadas, mandou as silenciar:
_ Calem-se todas! Nada faremos agora! Nada além de observar.
Então assim fizeram...
O que significa quando parece que está tudo tão estático, como se o mundo tivesse parado de se movimentar, a vida está igual, e só você envelhceu, mas no fundo tudo permaneceu igual a quando você saiu.
As suas duas vidas permeneceram congeladas no ponto em que parou, o que me intriga era que os dados eram pra continuarem rolando, supostamente foi uma atitude de mudança que deveria trazer-lhe uma vida nova básicamente. Mas talvez você nunca tenha pertencido a este lugar de qualquer forma. Você está certa, também acho que não nasceu no lugar certo, sempre fala isso quando o sol começa a atingir as suas bochechas e queimar sua pele rosada, é claro que logo se refugia para debaixo dos panos ou parte em retirada para o interior da casa.
Mas no final das contas é fácil ver que, apesar do contexto permanecer, você mudou, me parece mais bonita talvez, mais madura e um pouco mais consciente. Gosto de observá-la ao maquiar-se, você não costumava fazer isso, era bem desajeitada por sinal, com aquelas bochechas muito mais rosadas que qualquer um como costumava fazer, é, você mudou, mas para melhor devo constatar.
Você fica quieta olhando o sol se por, seus cabelos voando, acariciando seu rosto, logo você os põe por detrás da orelha, etavam lhe atrapalhando demais, e pensa, quando ele vao aparecer e resgatá-la, como será isso, e desejando para que ogo isto se dê realmente, mas ao mesmo tempo é fácil de notar que está feliz consigo mesma, só, apesar se soar contraditório, você realmente está.
Não está mais na procura constante e frustrada de antes, ao entrar no onibus e caçar por todos os lugares, você está bem resolvida afinal, está como sempre quis estar, e tudo o que viveu lhe trouxe até aqui. E enquanto a mim, eu só posso estar feliz por isso, feliz por ter feito parte disso, e ser tão essencial para tudo isto. Mais feliz ainda por ser você.
Aí você está! Andei te procurando por toda parte, mas não faz mal, estou feliz que você esteja aqui agora, para mim isso que importa. Por que você está molhado deste jeito? Ah é, anda chovendo bastante mesmo.
Dia barulhento este, não que esteja muito diferente dos outros dias, acho que apenas estou mais atenta, talvez meus sentidos estejam mais aguçados no dia de hoje, estranhamente, sou muito desligada normalmente, mal escuto quando falam comigo, imagine se ouviria carros tão distantes ou caminhões despejando suas mercadorias. Já está bem escuro, anda escurecendo mais cedo do que o normal, o que é a única coisa que diferencia este inverno calourento do verão fervilhante.
Nunca fui talentosa, nem habilidosa no que quer que seja, nunca fui de destacar muito em nada, na verdade sou bem normal, sempre fui a última a ser escolhida na educação física e a mais desajeitada, talvez tenha tentado aprender a tocar todos os instrumentos existentes e imagináveis, mas injustamente todo o talento musical se encontra em meu irmão, mas fazer o que, não posso ficar me lamentando também a essa altura da vida. Acho que isso sempre me incomodou demais, meu irmão sempre argumenta comigo, dizendo que em troca recebi toda a beleza da família, posso fazer o que se ele é tão exagerado, e também se for não ganho nada com isso, nem mesmo a aceitação, acho que sou muito diferente ideológicamente do que se esperaria de uma garota de minha idade, acho que é por isso que fico tão quieta em alguns lugares, para não ter que lidar com certos comentários maldosos, olhares feios.
Acho que vai começar a chover novamente, talvez seja para lavar a alma que anda chovendo tanto.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Talvez eu esteja conseguindo me encontrar no meio do caos que venho vivendo, e essa música realmente combina com esse momento de clareamento das minhas idéias, quem diria que eu descobriria algo que eu amo tão rápido, eu tenho medo dessa sensação se esvairir conforme o tempo passar, mas acho que não, espero que não.
Estou me sentindo aliviada de saber que o meu caminha não se encontra tão obscuro quanto eu pensava, na verdade acho que eu deveria ter percebido antes que devia seguir por aqui, mas no desespero nada fica claro.
Sinto que deva começar a me preparar agora, estudar, ler, e finalmente ler coisas que realmente me tragam prazer, acho que ninguém deve ter noção do quanto isso é aliviante, afinal são mais de um ano lendo teorias enfadonhas, mas elas me foram bem úteis afinal, quando as lia.
As pessoas, inclusive eu, não enxergam que por dentro até do seu entretenimento favorito pode existir a maior paixão que você pode abrigar, e que isso pode se transformar em algum tipo de impulso acadêmico e profissional, é acho que vou tentar fazer isso, espero conseguir.
Queria que as coisas que escrevo e penso fizessem mais sentido, as vezes parece que eu tenho uma linguagem própria que ninguém mais entende, na verdade eu estou bem cansada de me relacionar com as pessoas e seus comportamentos estranhos e hostis, parece que devemos estar sempre caminhando pelos ovos, todos são tão cruéis, não queria estar aqui, é bem fácil de se perceber quando é diferente demais para ser completamente aceita, eles lher querem bem próximo, bem debaixo de seus olhos, mas não querem que fale, pois sabem que não concordaria com nenhuma das palavras que se atrevem em pronunciar e as piadinhas nada originais que teimam em fazer, todos riem como hienas, e você continua ali, sentado, querendo saber por que estão tão animados, rindo daquela forma tão exagerada, quem olha até pensa que existe um amizade verdadeira, mas você, e todos eles, sabem que isso não é verdade. Bem é assim que as coisas estão se desenrolando, eu ando pela chuva penosamente, como se a cada passo que eu me aproximasse um peso maior decaísse sobre os meus ombros, e como pesa, isso me parece tão inútil, mas minha mãe diz que não, ela me suplicou que aguentasse isso por mais um tempo, afinal o que são seis meses. Eu lhe digo, é coisa pra cassete.
Mas não está tudo tão ruim assim, quando estou aqui, eu sou feliz, e quando eu estou aí tb, quando você se coloca tão sutilmente ao meu lado, é na verdade o momento onde me sinto mais completa, é impressionante como é fácil me relacionar com ele.
Somos verdadeiros juntos, é bom saber que você vem de tão longe só pra me ver, ainda não entendo o que lhe atrai tanto em mim, mas isso não importa, sua mão passa pelo meu braço até chegar onde deseja, ela se entrelaça pela minha tão delicadamente que me pergunto se esse talvez seja o lugar que ela sempre pertenceu.
Está calor aqui, você sentado imerso num programa que não prenderia tanto a minha atenção, isso é bom, posso passar o resto da hora observando os detalhes de sua face. Estou tão feliz que você me resgatou, mesmo passando por momentos turbuletos, você está aqui, me fazendo mais segura, ouvindo muitas de minhas lamúrias exageradas.

Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver

Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar

Pois é - Los Hermanos
O ar está frio lá fora, é complicado até pra respirar, mas eu gosto, sempre achei que tivesse nascido no lugar errado, devia ter nascido aqui. É tudo tão lindo e tão magnífico, devia ter nascido aqui isso sim. Ele está viajando de novo, mas me deixa a par de tudo o que está fazendo, adoro saber de suas aventuras, por que a vida dele é isso mesmo uma aventura, tanto que acabou transformando a minha também.
Preciso de um chocolate quente agora, como é bom esse fluido quente e saboroso descendo pela garganta, vagarosa e sutilmente. Quando abri a uma pequena fresta da janela vi que não estava tão ruim assim, não se você acha congelante agradável, pois bem, eu acho. Recebi um pouco dessa brisa congelante pelo meu rosto, não sei se posso mais abrir os olhos, devem ter congelado no meio do processo, e também deve ser perigoso abrir os olhos em meio a um vento muito congelante, deve ser por isso que as pessoas sempre andam de cabeça baixa e com aquelas tocas bem grossas quando se está tão frio, mas acho que vou ficar recebento gelo em forma de vapor um pouco ainda.
Nossa acho que meus olhos estão realmente congelados, pobres dos meus cílios. Eu queria ver se tem alguém se aventurando nesta friaca lá fora, talvez desta forma tomasse coragem de fazer o mesmo.
Está bem chuvoso o tempo e eu rezo pra que você me espere aparecer subitamente, na verdade eu estou chegando, prepando lhe uma surpresa, adoro quando você sorri pra mim daquela forma, seus olhos brilham tanto quando lhe surpreendo, é ótimo ver que consigo fazê-lo feliz, por que isso me faz feliz.
Recebi outra de suas mensagens, você não sabe o quanto fico excitada por ler as coisas que você me escreve, é bom saber que sou indispensável e tão importante, e para alguém como você.. é realmente maravilhoso. Fico andando e observando cada lugar, é lindo olhar pela janela do dormitório a chuva cair, tão surpreendentemente lindo, tudo tão perfeitamente calculado, quem sabe amanha não neve, fico ansiosa para saber a textura dela, qual será o seu sabor, bem, mas acho que talvez não tenha toda essa coragem de prová-la, se for nevar eu sei que você irá me avisar, sabe o quanto estou animada pra ver esse fenômeno maravilhoso da natureza, ou pelo menos é maravilhoso quando se vê pela tevê.
Tudo parece ser como um sonho, mas que bom que é a mais pura realidade, estar aqui e com você do meu lado. Cada parte minúscula e essencial da minha existência se encaixou da forma mais perfeita. Eu acho que talvez essa fosse a forma física da perfeição.
Já passam da meia noite, e eu continuo acordada e ouvindo música bem alto, talvez isso seja como um reflexo, sim um reflexo pra afastar o que eu realmente sinto, é deve ser isso. A rotina é contínua e massacrante ainda mais quando se está preso em algo que, bem você pode ter achado que gostava ou que gostaria um dia, mas que na verdade, você odeia.
Os dias se passam e estou aqui no mesmo lugar, antes era mais fácil querer compartilhar, sair, brindar, o que seja, fazer o que, as coisas mudaram e tudo ficou bem claro, e bem difícil de engolir..
Talvez eu deva pagar a conta da minha encomenda de 30 kilos de presunto, é deve estar na hora de mandar a conta pra quem deve realmente pagá-la.