quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Venta forte lá fora, fico olhando atentamente as árvores dançarem nos braços invisíveis deste clima arrebatador. Por um momento desejo sê-las e me sentir dançar suavemente em meio a tal tormenta, as árvores devem lidar melhor com o caos, mesmo se trocássemos mesmo de lugar acho que ainda assim eu seria desastrosa. Prepararei um chocolate bem quente para combater o frio e chacoalhar para longe idéias pouco genias que gritam dentro da minha cabeça.
É como se eu estivesse solta no ar numa lambada louca no teto, mas na verdade os meus pés estão bem presos no chão, não consigo extravasar, todas as fibras musculares do meu corpo se sacodem incansávelmente, isso me incomoda muito, quero que passe.
Mas o que creio que seja o meu real problema é a vontade insana de viver coisas, grandes emoções, sinto que em todos esses anos na minha vida não conheci grandes sentimentos, preciso encará-los, preciso descobrir o que é o amar! As pessoas vão e vem, amam, desamam e ama de novo, e eu continuo a olhar e observar, feliz é claro, e desejando que a minha vez chegue, a minha vez de ser escolhida, de ser importante e especial para alguém. Quero saber como é a sensação de ser destacado da multidão com apenas um olhar, certeiro.
Como será se sentir no foco do olhar do desejado? Bem isso não posso responder, não tive experiências quanto a isso, posso explicitar melhor como é chato atrair justo aqueles que não lhe atraem, ou se sentir atraída pelos que nunca serão seu.
Será que sou uma mulher frustrada pelas coisas que não vivi, experiências que são jogadas e esfregadas sem dó na nossa face pela televisão e cinema? É triste pensar que nem o meu primeiro beijo foi com o menino que gostava, meus dois namorados eu também não tinha lá um grande amor por eles, eram grandes amigos. Estou cansada de viver as coisas na minha mente, quero algo de verdade, palpável e que seja completamente e loucamente sensível ao meu coração, que pra mim em certos momentos se aparenta de forma rochosa ou inexistente.

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