terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vejo você de longe e penso, por que não vem aqui e segura minha mão. As coisas não tem que terminar assim, elas nem começaram na verdade, podíamos fugir daqui, para um lugar onde não houvessem cobranças nem normas que nos prendem em nós mesmos, normas que ninguém consegue seguir, um lugar onde não fôssemos tão contidos, com medo de seguir nossos instintos.
Então eu sento, preciso me acalmar, respirar, estou me sentindo muito claustrofóbica, as folhas vão caindo tão lentamente que conseguem prender minha atenção por apenas um segundo, um segundo em que toda a minha pareceu estar em camera lenta.
Ao fundo estava você, me olhando, parado, como sempre, isso já tá me tirando do sério, essa falta de certeza. Na vida não parecem existir as viradas extraordinárias dos filmes e dos livros, na vida cotidiana todos temos muito medo de adimitir, medo do não, medo do outro.
Não sei o que aconteceu com todos nós, dizer que sim, não é mais um ato de nobreza e sim de fraqueza, como pode a covardia ter se transformado em ato de coragem? Por que as coisas estão tão invertidas? Como fazer pra lidar com isso, como agir, já que ninguém parece querer se arriscar e sair da sua área de segurança, esta que requer 50 metros um do outro, quando sabemos que a vontade maior é destruir essa distância toda e nos encararmos a menos de 2 cm. Saber a textura da pele, o cheiro, a voz...
Mas isso parece que será impossível enquanto o medo dominar, o medo de não ser aquilo que imaginamos...
faz tanto tempo que te vejo.. será que ainda me quer?

Um comentário:

  1. dizer que sim, não é mais um ato de nobreza e sim de fraqueza, como pode a covardia ter se transformado em ato de coragem? Por que as coisas estão tão invertidas?

    Falou tudo e mais um pouco! PERFEITO!

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